6) Para escrever bem, é preciso entender crase e acento grave!

6) Para escrever bem, é preciso identificar possíveis casos de uso do acento grave.

 a)      Muito obrigada por estarem comigo hoje a tarde.

b)      Nós chegaremos as dez da noite.

c)      Meu blog chega a situação que eu desejava.

d)      A história narrada se referia a minha mãe e as minhas irmãs.

e)      Nas férias, irei a Minas e a Bahia.

f)       Todos se dirigiram aquela moça e aquele rapaz.

g)      Nós fizemos referência a quem saiu e a que veio mais cedo.

h)      O automóvel está a venda e, depois, vai a leilão judicial.

i)        Serviu a francesa.

j)        Está na hora de aprender a distância.

 Os acentos graves têm sempre uma explicação para o seu uso:

 a)      Muito obrigada por estarem comigo hoje à tarde. – locução adverbial de tempo, feminina, iniciada pela preposição “a”, que se junta ao artigo “a”.

b)      Nós chegaremos às dez da noite. – locução adverbial de tempo, feminina, iniciada pela preposição “a”, que se junta ao artigo “as”.

c)      Meu blog chega à situação que eu desejava. – preposição “a”, regida pelo verbo “chegar” em crase com o artigo “a”, que precede o substantivo feminino “situação”.

d)      A história narrada se referia a ou à minha mãe e às minhas irmãs. – “referir-se” rege a preposição “a”, mas o grupo “minha mãe” pode ou não ter o artigo “a”; já, no plural, a presença do “s” revela que existe o artigo.

e)      Nas férias, irei a Minas e à Bahia. – “ir” rege “a”; nesse caso, o melhor é aplicar o truque: mude para o verbo “estar”, que rege “em”: se aparecer “na” (“estar na Bahia”), é porque existe a necessidade do acento, mas, se aparecer, “em” (“estar em Minas”), é porque não há artigo, logo não há crase.

f)       Todos se dirigiram àquela moça e àquele rapaz. – o verbo “dirigir-se” pede a preposição “a”, que se junta ao “a” inicial dos demonstrativos; portanto usa-se o acento.

g)      Nós fizemos referência a quem saiu e à que veio mais cedo. – o nome “referência” pede preposição “a”, mas, antes de “quem”, não há artigo ou pronome. Antes de “que”, porém, existe o pronome “a” (= aquela), daí ser necessário acentuar. Outro truque: substitua por masculino! Veja que ficaria assim: “...fizemos referência a quem saiu e ao que veio mais cedo.” Aparecendo “ao”, é porque há necessidade de acentuar.

h)      O automóvel está à venda e, depois, vai a leilão judicial. – locuções adverbiais femininas, iniciadas por “a”, precisam de acento, mas só as femininas.

i)        Serviu à francesa. – aqui, temos um caso especial: se ficar sem o acento, entendemos que “trataram a francesa como um objeto e a serviram”; se, no entanto, o intuito for indicar uma “modalidade”; usa-se o acento grave.

j)        Está na hora de aprender à distância. – é um caso semelhante ao anterior: se ficar sem o acento, entendemos que “se tem de saber ou verificar a distância”; se o intuito, porém, for indicar uma “modalidade de ensino”; usa-se o acento grave. 

Que tal aprender esse conteúdo devidamente?

 Nova turma do “Curso on-line de Produção ‘Textual”, com o Prof. Ozanir Roberti! Início em 13/5.

 Informações e inscrições em contato@professorozanirroberti.com.br e www.professorozanirroberti.com.br