Muita gente, na escola, sempre fez a seguinte pergunta: “Para que serve essa tal de análise sintática?”
A resposta é muito simples, para ler e escrever com método e habilidade. Por isso, iniciamos, hoje, uma nova série: Análise sintática, escrita e leitura!
Nela, aparecerão perguntas e explicações que comprovam a utilidade da análise sintática na prática da leitura e na interpretação devida.
Análise sintática, escrita e leitura 1
Professor, na frase – “O líder do governo considerou a notícia surpreendente falsa.” – o final, com os adjetivos surpreendente e falsa, está claro?
Não! Não está claro! O problema é que os dois adjetivos se referem ao mesmo substantivo, “a notícia”. Os dois vêm depois; assim, não é fácil perceber que o que está junto é adjunto adnominal, enquanto o que está mais longe é predicativo do objeto.
Se o autor da frase soubesse análise sintática, teria usado uma ordenação diferente dos termos; assim o texto ficaria bem mais claro:
“O líder do governo considerou falsa a notícia surpreendente.”
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Análise sintática, escrita e leitura 2
Mestre, devo ou não usar o acento grave neste “a”? “Durante a pandemia, estudar a distância é fundamental!”
Depende do que você queira dizer. A leitura do enunciado pode levar a uma ambiguidade: “saber ou conhecer a distância entre as pessoas” ou “aprender ou estudar, usando um método não presencial”.
Se você estiver falando de ensino on-line, isto é, um sistema que usa as novas tecnologias para conseguir ensinar algo, embora o orientador e o aluno não estejam no mesmo ambiente, o que é o mais provável, o correto seria usar o acento, pois ficaria claro que sua referência é a uma modalidade de ensino:
“Durante a pandemia, estudar à distância é fundamental!”
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Análise sintática, escrita e leitura 3
Querido mestre, devo usar com hífen ou sem? “Aquela jovem é bem educada ou bem-educada?
É, na verdade, mais um caso que se liga à análise sintática. Se entendermos a forma “é educada” como uma voz passiva (no passado, seria “foi educada”), a palavra “bem seria compreendida como um advérbio, deslocado para antes do verbo principal: “Aquela jovem é educada bem (pelos pais).” No passado: “Aquela jovem foi educada bem (pelos pais).” Isso justifica a grafia sem o hífen.
No outro caso, a compreensão com o verbo “ser” de ligação leva à análise de que se trata do adjetivo composto “bem-educada”, que, segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), tem de receber o hífen: “Aquela jovem é bem-educada.”
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