Dúvidas de alunos dos cursos on-line. Série C – Sujeitos e verbos

Série C – Sujeitos e verbos

1)      Na frase, “O que aconteceu?”, qual é o sujeito?  Professor, socorro!

Você precisa internalizar a ideia de que sujeito é um termo, não necessariamente uma pessoa, uma animal ou uma coisa, mesmo que nós não saibamos o que ele significa ou o que ele substitui.

Compare as estruturas e veja como elas se equivalem:

a)      Ele saiu?

b)      Alguém saiu?

c)      Quem saiu?

d)      Isso aconteceu?

e)      O que aconteceu?

Todas são estruturas com sujeito – “Ele”, “Alguém”, “Quem”, “Isso” e ”O que” –  e predicado, que é sempre a forma verbal “saiu” ou “aconteceu”.

2)      Mestre querido, esta, eu não entendi mesmo! Por que o verbo “continuar”, no exemplo – “O atleta continua em campo” – , é intransitivo? Não seria transitivo indireto? Por que não é um verbo de ligação?

Porque ele está seguido de um termo que indica lugar. Transitivos indiretos precisam ser seguidos de “alguma coisa” ou “alguém”: “pensar em alguma coisa ou pensar em alguém”.

A locução “em campo” dá ideia de lugar – é um adjunto adverbial de lugar –, não podendo, assim, ser objeto indireto de qualquer verbo.

O verbo “continuar” poderia ser transitivo direto – “continuar alguma coisa” –, mas teria de ser assim: “Ela continua o trabalho.”  Verbos de ligação precisam, depois, de uma noção de estado, qualidade ou condição, por exemplo: “A moça continua triste” e “O tempo continuou ruim.”

3)      Professor, não entendi por que “chegava” – na oração “A torcida chegava ao estádio” – não é verbo transitivo indireto?

“Quem chega chega a algum lugar.” Verbos transitivos precisam de complemento, que entendemos como “alguma coisa” ou “alguém”. Nesse exemplo, aparece a ideia de algum lugar: “A torcida chegava ao estádio.” É um adjunto adverbial de lugar.

4) “É importante pensar no futuro.” Professor, dois sujeitos?  Como é possível?

Sim. Isso mesmo. Se há dois verbos, são dois sujeitos.

O primeiro é o verbo de ligação “ser”, acompanhado do predicativo “importante”; logo, lhe falta o sujeito. Assim, o sujeito do primeiro verbo é a segunda oração: [“pensar no futuro.”] 

Vamos, agora, à segunda oração:

- “pensar no futuro” – é claro que “pensar” é um verbo, então ele precisa de um sujeito. Há alguém que pensa; assim, vemos que o sujeito existe, mas não conseguimos identificar quem ou qual é. O melhor é entender que é uma referência a “todos”, ou seja, “pensarem no futuro”. É por isso que o consideramos indeterminado: ele existe, mas não é uma pessoa ou uma coisa determinada, mas, sim, equivale a “todos em geral”, ou seja, “todo mundo”.

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