Serve para ler e entender o que escrevem:
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Dúvidas de leitura e escrita:
1ª) Mestre, fico na dúvida com o uso correto dos pronomes possessivos: quando usar “teu, tua” e quando usar “seu, sua”?
2ª) Na frase “Contribuí para um melhor resultado da proposta, meus amigos!” eu me confundi. O pretérito perfeito com sujeito “eu” fica igual ao imperativo afirmativo na pessoa “vós”? Você pode me ajudar, professor?
3ª) Prezado mestre, a frase seguinte pode ser entendida de duas maneiras? Disseram-me que ela é ambígua. É mesmo?
“Empresa aérea brasileira que atua no exterior pede respeito à França.”
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Dica 1
Pergunta de uma aluna:
Mestre, fico na dúvida com o uso correto dos pronomes possessivos: quando usar “teu, tua” e quando usar “seu, sua”?
É um problema real da língua portuguesa, principalmente no Brasil. O conjunto de pronomes possessivos “teu / tua / teus / tuas” referente à segunda pessoa singular (“tu”), é bem preciso, mas o “seu / sua / sues / suas”, bem mais usual, tanto pode se referir a “ele/ela” (terceira pessoa) como a “você” (segunda pessoa, isto é, pessoa com quem se fala). E isso confunde tudo.
É por isso que, nesse caso, em nome da clareza, quase sempre se opta pelas formas “dele/dela”.
a) Esqueci o teu livro. – falo com alguém a quem chamo de “tu”;
b) Esqueci o seu livro. – falo com alguém a quem chamo de “você”, mas posso estar dizendo que esqueci o livro que pertence a uma terceira pessoa.
c) Esqueci o livro dele/a. – falo com alguém que esqueci o livro que pertence a uma terceira pessoa.
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Dica 2
Dúvida apresentada por um aluno:
Na frase “Contribuí para um melhor resultado da proposta, meus amigos!” eu me confundi. O pretérito perfeito com sujeito “eu” fica igual ao imperativo afirmativo na pessoa “vós”? Você pode me ajudar, professor?
É uma coincidência curiosa, que acaba levando a essa falta de precisão. Talvez sejam situações como essas que nos levem a usar tanto os pronomes que servem como sujeitos:
a) “Eu contribuí para um melhor resultado da proposta, meus amigos!”
b) “Contribuí vós para um melhor resultado da proposta, meus amigos!”
É interessante ver uma análise morfológica para entender por que ficaram iguais:
Em (a), o verbo “contribuir” forma o pretérito perfeito juntando a desinência número-pessoal específica de primeira pessoa do singular desse tempo, “i”, ao tema do verbo, “contribui”; com a fusão dos dois “ii”, ele é, claramente, tônico; por isso, como é a segunda vogal do hiato, tem de ser acentuado.
Já em (b), temos a forma que vem do presente do indicativo “vós”, que originalmente, é o tema do verbo, “contribui”, seguido de desinência número-pessoal normal para a segunda pessoa do plural “is”. Novamente, existe a crase: “contribuís”. E, também, o acento gráfico. Na passagem para o imperativo afirmativo, tira-se o “s”; assim, as duas formas ficam iguais.
Mais curioso ainda é ver como ficariam diferentes as formas negativas das duas frases, e a confusão não mais existiria:
c) “Não contribuí para um melhor resultado da proposta, meus amigos!”
d) “Não contribuais para um melhor resultado da proposta, meus amigos!”
Interessante que aí, para haver clareza, nem precisaríamos dos pronomes sujeitos.
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Dica 3
Pergunta apresentada por uma aluna:
Prezado mestre, a frase seguinte pode ser entendida de duas maneiras? Disseram-me que ela é ambígua. É mesmo?
“Empresa aérea brasileira que atua no exterior pede respeito à França.”
A frase é realmente ambígua, isto é, tem duplo sentido. O termo “à França” pode ser entendido como como complemento nominal do núcleo do objeto direto “respeito”, sendo o conjunto “respeito à França” um sintagma nominal com a função de objeto direto ou como um objeto indireto do verbo “pedir”.
Com uma nova construção e outra ordem dos termos, os dois sentidos ficariam claros e saberíamos o que o título da matéria anteciparia ao leitor. Veja:
a) Reescrevendo, sob forma de oração subordinada, o objeto direto: “Empresa aérea brasileira que atua no exterior pede que a França a respeite.”
b) Antecipando o objeto indireto: “Empresa aérea brasileira que atua no exterior pede à França respeito.”
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