8) MINIAULA 8 - Para escrever bem, é preciso saber conjugar verbos!

8) Para escrever bem, é preciso usar corretamente a conjugação verbal, principalmente lembrar que os derivados seguem os primitivos.

a)      Prezado cliente, sempre verificar o saldo do cartão antes de comer.

b)      É fundamental que vocês atendem os nossos leitores.

c)      Parece certo que isso vale a pena.

d)      Os nossos seguidores tem importância no Instagram.

e)      As redes sociais detém um poder cada vez maior.

f)       Espero que dêem atenção aos sinais externos.

g)      O governo interviu no movimento dos funcionários do banco.

h)      Se prevêssemos tal fato, nós, com certeza, teríamos agido diferentemente.

i)        O Facebook tinha intervido, para suspender mais um ativista radical.

j)        A correspondência foi entregada com atraso pela empresa.

 Veja, agora, a forma e uma explicação adequadas a cada um desses casos, sabendo que os verbos têm regras a serem seguidas.

 a)      Prezado cliente, sempre verifique ou verifica o saldo do cartão antes de comer. – não é correto usar o infinitivo com o valor de imperativo; a placa do bar nem deveria existir, mas está lá; assim, que seja correta: deve dirigir-se ao cliente com o imperativo correto, tratando-o por “você” ou “tu”: “Prezado cliente, sempre verifique o saldo do cartão antes de comer” (menos grosseira) ou “Prezado cliente, sempre verifica o saldo do cartão antes de comer” (totalmente grosseira).

b)      É fundamental que vocês atendam os nossos leitores. – a oração subordinada exige que o verbo esteja no presente do subjuntivo; como é um verbo de segunda conjugação, “atender”, esse tempo tem a desinência modo-temporal “a”, que entra no lugar da vogal temática “e”.

c)      Parece certo que isso valha a pena. – a exemplo do item anterior, o verbo tem de estar no presente do subjuntivo; nesse tempo, o verbo “valer”, também de segunda conjugação, é irregular e, como todos os outros, segue o presente do indicativo “eu” (“eu valho”), trocando a desinência número-pessoal “o” pela desinência modo-temporal adequada, “a”.

d)      Os nossos seguidores têm importância no Instagram. – “tem” é a forma de singular, que, por ser monossílabo, não recebe o acento gráfico; porém, na frase, como o sujeito é “Os nossos seguidores”, tem-se de usar o plural, que é marcado com um acento circunflexo: “têm”.

e)      As redes sociais detêm um poder cada vez maior. – se fosse singular, seria “detém”, já que, como todo verbo derivado, segue o primitivo, embora precise do acento agudo (palavra paroxítona terminada em “ém”); mas é plural, já que o sujeito é “As redes sociais”, portanto o acento tem de ser o circunflexo: “detêm”.

f)       Espero que deem atenção aos sinais externos. – esse acento existia até o Acordo Ortográfico eliminá-lo; assim, agora, o plural certo, para marcar o sujeito indeterminado, é “deem”, enquanto, para um singular, a forma seria “dê”, esse com acento.

g)      O governo interveio no movimento dos funcionários do banco. – todo verbo derivado segue a conjugação do primitivo; dessa forma, “intervir”, que é derivado de “vir”, sempre se conjuga como “vir”: “O governo veio” = > ‘’O governo interveio”.

h)      Se prevíssemos tal fato, nós, com certeza, teríamos agido diferentemente. – todo verbo derivado segue a conjugação do primitivo; dessa forma, “prever”, derivado de “ver”, sempre se conjuga como “ver”: “Se nós víssemos = > ‘’Se nós prevíssemos”.

i)        O Facebook tinha intervindo, para suspender mais um ativista radical. – todo verbo derivado segue a conjugação do primitivo; dessa forma, “intervir” segue “vir”, mas o particípio de “vir” é um caso único, pois é igual ao gerúndio, “vindo”; logo, deve ser “intervindo”.

j)        A correspondência foi entregue com atraso pela empresa. – na conjugação dos tempos compostos (com auxiliares “ter” e “haver”), usa-se a forma regular sem qualquer flexão, ou seja, aquela que termina em “-do” (“tinha entregado, “havia entregado), mas, nas construções passivas (auxiliar “ser” e “estar”), deve-se utilizar o particípio irregular: “foi entregue”, “era entregue”, “tinha sido entregue”.

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MINIAULA 7 – Para escrever bem, é preciso saber empregar os pronomes.

6) MINIAULA 7 – Para escrever bem, é preciso empregar bem os pronomes pessoais e os demonstrativos.

a)      Mande sua queixa para mim ler.

b)      A mudança da moça não o agradou, já que ela não lhe ama.

c)      Na verdade, não os permito que façam tal maldade com os humildes.

d)      Avisei-lhe de que todos os brasileiros devem se prevenir.

e)      Aquela era a decisão que devíamos informá-lo.

f)       Era uma boa peça de teatro, mas não lhe assistimos por falta de tempo.

g)      Tal lição aconteceu conosco que não lemos seu artigo no Instagram.

h)      Ano passado, eu caí, mas nesse ano eu não caio, pois estamos aqui para resolver esse problema in loco.

i)        Penso isso sobre o YouTube: é muito doido, pois aceita tudo.

j)        O Instagram e o Facebook são bons, embora um seja mais moderninho que o outro.

Os pronomes têm regras que obedecem à regência e usos que exigem explicações detalhadas.

a)      Mande sua queixa para eu ler. – a presença do verbo “ler” faz que o pronome seja seu sujeito; assim, usa-se o pronome reto. Se não houvesse o verbo, seria “Mande sua queixa para mim.”

b)      A mudança da moça não lhe agradou, já que ela não o ama. – o uso dos pronomes “o” e “lhe” é determinado pela presença ou ausência de preposição; havendo – “agradar a alguém” –, pede, logo usa-se “lhe”; mas não existindo – “amar alguém” –, o certo é usar “o”.

c)      Na verdade, não lhes permito que façam tal maldade com os humildes. – a única forma possível é “permitir algo (“que façam tal maldade com os humildes”) a alguém”; então, não se pode usar “o”, e, sim, “-lhe”: ...não lhes permito que façam tal maldade...

d)      Avisei-lhe que todos os brasileiros devem se prevenir. – “Avisar alguma coisa a alguém” ou “avisar alguém de alguma coisa” são opções corretas. Como apareceu o objeto indireto “-lhe”, a oração seguinte precisa ser um objeto direto, portanto sem preposição; haveria, ainda, a opção de o uso do “de que” ser correto, bastaria trocar o “lhe” por “o, a, os ou as”: “Avisei-o de que todos os brasileiros devem se prevenir.”

e)      Aquela era a decisão de que devíamos informá-lo. – semelhante ao anterior, é necessário que haja um objeto de cada tipo. O certo é “de que”objeto indireto, porque temos um “-lo”, objeto direto; ou, então, também seria correto: “Aquela era a decisão que devíamos informar-lhe”.

f)        Era uma boa peça de teatro, mas não assistimos a ela por falta de tempo. – o verbo “assistir”, quando tem o sentido de “ver”, e não o de “auxiliar”, exige a preposição “a”, e, sendo o objeto indireto uma coisa, não se pode empregar o “lhe”, mas, sim, uma das formas tônicas do pronome: “ele, ela, eles e elas” precedidos da preposição “a”.

g)      Tal lição aconteceu com nós que não lemos seu artigo no Instagram. – usa-se “com nós” porque não há pausa antes do “que”, já que se trata de uma restrição, ou seja, “aconteceu só com alguns de nós que não leram o artigo”; se houvesse pausa, seria “conosco”, mas haveria uma vírgula e seria uma explicação: “Tal lição aconteceu conosco, que não lemos seu artigo no Instagram”, e entenderíamos que “nenhum de nós leu o artigo”.

h)      Ano passado, eu caí, mas neste ano eu não caio, pois estamos aqui para resolver este problema in loco. – é o ano corrente, logo deveria ser “...mas neste ano eu não caio”; se é “in loco”, é porque o falante está no local, portanto deveria usar “...constatar este problema in loco”.

i)        Penso isto sobre o YouTube: é muito doido, pois aceita tudo. – como ainda não havia aparecido o que ele pensa, deveria usar “isto”, cujo valor é catafórico; o “isso” seria para uma noção anafórica, ou seja, para o que foi citado:  O YouTube é muito doido! penso isso sobre ele.

j)        O Instagram e o Facebook são bons, embora o primeiro seja mais moderninho que o outro. – “um e outro” não identificam “qual é qual”, isto é, precisa-se identificar um deles para que saibamos qual é o outro; Ou então: “O Instagram e o Facebook são bons, embora aquele seja mais moderno que esse ou este ou o último.”

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MINIAULA 6 – Para escrever bem, é preciso entender que crase e acento grave nem sempre se correspondem.

6) MINIAULA 6 – Para escrever bem, é preciso identificar possíveis casos de uso do acento grave com crase ou não.

 a)      Muito obrigada por estarem comigo hoje a tarde, as cinco horas.

b)      Meu blog, agora, chega a situação que eu desejava.

c)      A história narrada se referia a minha mãe e as minhas irmãs.

d)      Nas férias, irei a Minas e a Bahia.

e)      Todos se dirigiram aquela moça e aquele rapaz.

f)       Nós fizemos referência a quem saiu e a que veio mais cedo.

g)      Meu amigo português disse que iria a casa e não a casa dela.

h)      O automóvel estava a venda, mas, na verdade, foi a leilão judicial.

i)        O cara serviu a francesa.

j)        Está na hora de aprender a distância.

Os casos de acento grave e crase – “crase é a fusão de duas vogais iguais” – têm sempre uma explicação para o seu uso, mas há casos em que existe o acento grave mesmo sem que ocorra uma crase.

a)      Muito obrigada por estarem comigo hoje à tarde, às cinco horas. – locuções adverbiais de tempo, femininas, iniciadas pela preposição “a”, que se junta, ou seja, é resultado de crases com os artigos “a” e “as”.

b)      Meu blog, agora, chega à situação que eu desejava. – preposição “a”, regida pelo verbo “chegar”, em crase com o artigo “a”, que precede o substantivo feminino “situação”.

c)      A história narrada se referia a ou à minha mãe e às minhas irmãs. – “referir-se” rege a preposição “a”, mas o grupo sintático “minha mãe” pode ou não ter o artigo “a”, logo pode estar com ou sem acento; já, no plural, a presença do “s” revela que, agora, existe o artigo; então, o acento grave é obrigatório, devido à existência de uma crase.

d)      Nas férias, irei a Minas e à Bahia. – “ir” rege preposição “a”; nesse caso, o melhor é aplicar o truque: mude para o verbo “estar”, que rege “em”: se aparecer “em” (“Estarei em Minas”), é porque não há artigo, logo não há acento grave, pois não ocorre a crase; mas, se aparecer “na” (“Estarei na Bahia”), é porque há preposição e artigo, logo existe a necessidade do acento para firmar a crase.

e)      Todos se dirigiram àquela moça e àquele rapaz. – o verbo “dirigir-se” pede a preposição “a”, que se junta ao “a” inicial dos demonstrativos; portanto, há crase e usa-se o acento grave.

f)       Nós fizemos referência a quem saiu e à que veio mais cedo. – o nome “referência” pede preposição “a”, mas, antes de “quem”, não há artigo ou pronome. Antes de “que”, porém, existe o pronome demonstrativo “a” (= aquela), daí ser necessário acentuar. Aprenda outro truque: substitua pelo masculino! Veja que ficaria assim: “...fizemos referência a quem saiu e ao que veio mais cedo.” Antes de “quem”, só houve a preposição, mas, aparecendo “ao” (preposição + artigo), é porque há necessidade de acentuar.

g)      Meu amigo português disse que iria a casa e não à casa dela. – perceba que o verbo “ir” pede a preposição “a” e observe a sutileza da diferença das “casas”: a primeira “casa” é a do próprio “amigo português”, logo não há artigo, assim fica sem acento; a segunda refere-se “à casa dela”, então o artigo é necessário, daí a crase e o acento grave. Observe esta diferença: “Vim de casa (só preposição) e não da casa dela (preposição + artigo).”

h)      O automóvel estava à venda, mas, na verdade, foi a leilão judicial – locuções adverbiais femininas, iniciadas por “a”, precisam do acento grave, pois existe a crase (preposição + artigo), mas só as femininas.

i)        O cara serviu à francesa. – aqui, temos um caso especial: se ficasse sem o acento, entenderíamos que “trataram a francesa como um objeto e a serviram”; como, no entanto, o intuito é indicar uma “modalidade de servir refeições”, usa-se o acento grave, para marcar que é a preposição, e não o artigo. Isto é, há acento grave, mas não há crase.

j)        Está na hora de aprender à distância. – é um caso semelhante ao anterior: se ficasse sem o acento, entenderíamos que “se tem de saber ou conhecer ou verificar a distância”, o “a” seria apenas o artigo; já que o intuito, porém, é indicar uma “modalidade de ensino”, usa-se o acento grave, para registrar que se trata de uma preposição.

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MINIAULA 5 – Para escrever bem, é preciso ser claro, evitando sentidos duplos.

5) Para escrever bem, é preciso, primeiro, identificar possíveis ambiguidades e, depois, saber como evitá-las.

a)      Vendo papagaio que obedece ao dono.

b)      Ações promissoras nem sempre são positivas.

c)      Depois, nós podemos nos encontrar no banco.

d)      O cachorro do meu ex-marido continua me perseguindo.

e)      Consideramos a questão imprópria.

f)       A polícia atacou os traficantes da comunidade e os moradores, todos, naquela noite, tiveram de sair das ruas.

g)      O presidente, quando visitou o STF, afirmou que lhe deram muito poder.

h)      A demissão do ministro ainda causa polêmica.

i)        É hora de estudar a distância.

j)        O blogueiro fez-me agredir sua rival.

Veja uma identificação adequada a cada um desses casos de ambiguidade e possíveis soluções!

a)      Vendo papagaio que obedece ao dono. – verbo “ver”: Eu estou vendendo papagaio que obedece ao dono.”; ou verbo “vender”: Eu estou vendo papagaio que obedece ao dono.”

b)      Ações promissoras nem sempre são positivas. – “ação = papel de valor”: Ações promissoras nem sempre dão lucros financeiros.”; ou “ação = ato de agir”:Ações praticadas nem sempre se revelam eficientes.”

c)      Depois, nós podemos nos encontrar no banco. – “lugar de sentar”: “Depois, nós podemos nos encontrar no banco da praça.”; ou “instituição financeira”: “Depois, nós podemos nos encontrar no interior do banco.

d)      O cachorro do meu ex-marido continua me perseguindo. – “marido agressivo”: Meu ex-marido, que é um cachorro, continua me perseguindo.”: ou “cachorro bravo”: “O cachorro que pertence ao meu ex-marido continua me perseguindo.”

e)      Consideramos a questão imprópria.” – “considerar = julgar”: Consideramos que a questão era imprópria.”; ou “considerar válida = validar”: Consideramos válida a questão imprópria”.

f)       A polícia atacou os traficantes da comunidade e os moradores, todos, naquela noite, tiveram de sair das ruas. – “traficantes e moradores atacados”: “A polícia atacou os traficantes da comunidade e os moradores; todos, naquela noite, tiveram de sair das ruas.”: ou “só os traficantes atacados”: “A polícia atacou os traficantes da comunidade, e os moradores todos, naquela noite, tiveram de sair das ruas.”

g)      O presidente, quando visitou o STF, afirmou que lhe deram muito poder. – “o STF tinha muito poder”: “O presidente, quando visitou o STF, afirmou que deram ao órgão institucional muito poder.”; ou “o presidente tinha muito poder”: “O presidente, quando visitou o STF, afirmou que deram a ele, chefe do Executivo, muito poder”.

h)      A demissão do ministro ainda causa polêmica. – “o ministro demitiu alguém”: “A demissão feita pelo ministro ainda causa polêmica.”; ou “o ministro foi demitido”: “A demissão do próprio ministro ainda causa polêmica.”

i)        É hora de estudar a distância. – “a distância será estudada”: “É hora de a distância ser estudada.”; ou “modalidade de estudo”: “É hora de estudar à distância.

j)        O blogueiro fez-me agredir sua rival. – “eu me tornei agressor”: “O blogueiro fez que eu agredisse sua rival.”; ou “sua rival me agrediu”: “O blogueiro fez que sua rival me agredisse.”

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Nova série: Miniaula 4 - Regência

4) Para escrever bem, é preciso seguir a regência tradicional, a mais indicada nos dicionários.

a)      Este blog preza pela verdade.

b)      Assista o jogo de hoje no meu canal.

c)      Esqueça de seus problemas.

d)      Aqui nós comentamos sobre todos os assuntos.

e)      A sua é uma opinião que eu gostei muito.

f)       Essa é a forma com que tal situação deve ser tratada.

g)      O incidente que passou a família foi bem grave.

h)      No nosso restaurante, o amigo turista pode sentar-se na mesa.

i)        Informo a vocês que a solução será discutida a nível da direção.

j)        Está na hora dos seguidores prestarem mais atenção ao que indicam os astros.

As regências, em geral, têm regras que se baseiam na tradição, mas, no português brasileiro, as tradições nem sempre são seguidas:

Veja, no próximo story, uma explicação adequada a cada um desses casos!

 a)      Este blog preza pela verdade. – “prezar” não rege preposição; é possível que essa forma exista devido à contaminação pela construção com o verbo “primar”: “Este blog prima pela verdade.” O texto original deveria ser: “Este blog preza a verdade.”  

b)      Assista o jogo de hoje no meu canal. – “assistir”, quando tem o sentido de “ver”, rege preposição “a”: “Assista ao jogo de hoje...”

c)      Esqueça de seus problemas. – “esquecer” não pede “de”; quem rege “de” é o verbo “esquecer-se” (com pronome); portanto: “Esqueça seus problemas” ou “Esqueça-se de seus problemas”.

d)      Aqui, nós comentamos sobre todos os assuntos. – “sobre” existe com o verbo “falar”: “Aqui, nós falamos sobre todos os assuntos.” Já “comentar” é verbo transitivo direto, não pede preposição alguma: “Aqui, nós comentamos todos os assuntos.”

e)      A sua é uma opinião que eu gostei muito. – “gostar” pede um “de”, que tem de ser colocado antes do “que”: “A sua é uma opinião de que eu gostei muito.”

f)       Essa é a forma com que tal situação deve ser tratada. – quando a ideia for de modo, é melhor utilizar o pronome relativo “como”: “Essa é a forma como tal situação deve ser tratada.”  

g)      O incidente que passou a família foi bem grave. – o verbo “passar” rege a preposição “por”; então, o certo é “O incidente por que passou a família foi bem grave.”

h)      No nosso restaurante, o amigo turista pode sentar-se na mesa. – depois de “sentar-se”, não se deveria escrever “na mesa”, mas, sim, “à mesa”, pois a ideia é não é “em cima da mesa”, mas “junto à mesa”: “No nosso restaurante, o amigo turista pode sentar-se à mesa.” 

i)        Informo a vocês que a solução será tratada a nível da direção. – a expressão “a nível de” é um modismo; assim, não deve ser usada; é melhor escrever “Informo a vocês que a solução será discutida pela direção.”  

j)        Está na hora do seguidor prestar mais atenção ao que indicam os astros. – apesar de alguns autores aceitarem essa construção, como “o seguidor” é o sujeito do infinitivo “prestar”, deve ser separado da preposição; o certo é: “Está na hora de o seguidor prestar mais atenção ao que indicam os astros.”

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