Série 1 – Os revisores e o conhecimento da sintaxe

Dúvida 1: Professor, por que este texto está errado?

“O ministro pode decidir sozinho nos processos em que é relator e nos quais se questiona leis ou atos dos presidentes dos Poderes.”

Observe que o verbo transitivo direto “questionar” está acompanhado de um “se”; assim, esse elemento é apassivador, já que forma uma voz passiva. Nessa situação, é normal que o sujeito venha depois do verbo. No caso, é “leis ou atos dos presidentes dos Poderes”, composto e plural. Por isso, o verbo deveria estar no plural.

Formas corretas:

“O ministro pode decidir sozinho nos processos em que é relator e nos quais se questionam leis ou atos dos presidentes dos Poderes.”

Mudando para a voz passiva verbal:

“O ministro pode decidir sozinho nos processos em que é relator e nos quais são questionados leis ou atos dos presidentes dos Poderes.”

 

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Dúvida 2: Mestre, disseram-me que este texto está errado. Por quê?

“Como é possível imaginar que alguém com a proximidade que o político baiano tem com o presidente fizesse algo dessa importância sem consultá-lo ou ao menos comunicá-lo? “

 

Veja que, no final, apareceu, duas vezes, a forma pronominal “-lo” (de “o, a, os e as”). Entretanto, esse pronome pode substituir o objeto direto, o que está certo quando ele é o complemento do verbo “consultar”. “Consultar alguém” é transitivo direto. Já, ao ser colocado como o objeto do verbo “comunicar”, há uma fuga ao padrão culto da língua.

“Comunica-se algo a alguém.” Ou seja, para substituir o objeto indireto, deveria ser usado o pronome “lhe”.

Formas corretas:

 “Como é possível imaginar que alguém com a proximidade que o político baiano tem com o presidente fizesse algo dessa importância sem consultá-lo ou ao menos comunicar-lhe? “

Mudando para o pronome pessoal oblíquo tônico:

“Como é possível imaginar que alguém com a proximidade que o político baiano tem com o presidente fizesse algo dessa importância sem consultá-lo ou ao menos comunicar  a ele? “

 

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Dúvida 3: Caro professor, O que levou o autor a cometer esse erro?

“O ministro do STF determinou que o vídeo da briga entre o grupo de interioranos paulistas e o outro ministro não podem ser copiadas.”

 Costuma-se dizer que é um perigo afastar o verbo do seu sujeito. Isso foi, provavelmente, o que ocorreu. O autor usou como sujeito “o vídeo da briga” e fez a concordância do verbo com uma palavra que surgiu na sua mente, “imagens”. Ficou bem ruim!

Formas corretas:

 “O ministro determinou que o vídeo da briga entre o grupo de interioranos paulistas e o outro ministro não pode ser copiado.”

Incluindo a palavra “imagens como núcleo do sujeito:

“O ministro determinou que as imagens do vídeo da briga entre o grupo de interioranos paulistas e o outro ministro não podem ser copiadas.”

 

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 Dúvida 4: Prezado professor, por que este texto está errado? Disseram-me que falta uma palavra...

“Mas, para nós, a luta pelo trabalho decente é o cerne que essa casa precisa se debruçar.”  

             É um caso mais complicado. Há, na verdade, um erro de regência no emprego do pronome relativo “que”. O verbo “debruçar-se”, que é pronominal quando tem esse sentido de “inclinar-se”, “aprofundar-se”, rege a preposição “sobre”, que deveria vir antes do “que”.

            Formas corretas:  

 “Mas, para nós, a luta pelo trabalho decente é o cerne sobre que essa casa precisa se debruçar.” 

            Trocando o pronome relativo “que” por “o qual”:

“Mas, para nós, a luta pelo trabalho decente é o cerne sobre o qual essa casa precisa se debruçar.” 

 

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Minicurso de Revisão textual / Aula 4 – Coesão, conjugação verbal, concordância e flexão do infinitivo

1) “A situação e os oposicionistas não veem tal situação da mesma forma, eles acham os avanços pequenos, enquanto ela os considera apressados.” Mestre, minha dúvida: A repetição da palavra “situação” é válida, nesse caso?

É curioso, mas os sentidos da palavra “situação”, nesse texto, são bem diferentes; a primeira significa “aqueles que estão ao lado do governo”, e a segunda, “o momento vivido”. Talvez, por isso, não se tenha feito qualquer correção.

Ainda assim, seria possível mudar o texto, deixando-o sem palavras repetidas:

a)      “Os governistas e os oposicionistas não veem tal situação da mesma forma, eles acham os avanços pequenos, enquanto ela os considera apressados.”

b)      “A situação e os oposicionistas não veem o momento atual da mesma forma, eles acham os avanços pequenos, enquanto ela os considera apressados.”

2) Professor, sendo usado o “qual” acompanhado do “a”, deveria haver um outro “que” antes do “já”: “Qual a porcentagem da população que já se infectou?” A outra opção, bem melhor, seria, simplesmente, retirar o “a”: “Qual porcentagem da população já se infectou?”  Eu queria entender por que o uso do “qual a” pede o “que”, e o uso de “qual” não pede. Entendo que soe mais adequado assim, mas é só isso?

Na primeira construção, existe um período composto, com duas orações, no qual há um “é” subentendido:

a) “Qual é a porcentagem da população que já se infectou?” – a oração iniciada pelo “que” é adjetiva restritiva, sendo o “que” um pronome relativo.

Na outra, temos um período simples, uma oração absoluta:

b) “Qual porcentagem da população já se infectou?”

São duas construções possíveis e corretas, mas veja que a segunda forma é bem mais simples!

3) Na frase – “A região sul do Brasil é característica, com muitos dias frios e cinza no inverno.” –  esse “cinza” não deveria ser pluralizado também? “Cinzentos” seria o mais adequado? Mas, se eu colocasse “cinzentos” no lugar, seria errado? E palavras como “esverdeado”, “rosado”, “avermelhado” etc., podem ser pluralizados, professor?

Não. Cores provenientes de comparação permanecem invariáveis, diferentemente de “vermelho”, “branco”, “preto” e “amarelo”, que, sendo adjetivos biformes, variam em gênero e número:

a)      “Casaco vermelho, blusa vermelha, casacos vermelhos e blusas vermelhas.”

Vale saber que há cores que representam adjetivos uniformes, pois só variam em número, como “verde”, “azul”...

b)      “Lenço verde, camisa verde, sapatos verdes, calças verdes. “

Mas, reitero, cores que advêm de comparações com substantivos, sejam formas simples ou compostas, são invariáveis.

c)      “Ela estava com um vestido cinza, uma blusa rosa e calças verde-garrafa.”

d)      “Ela estava com duas blusas rosa, meias cinza e casacos verde-mar.”

e)      “Ela estava com um vestido rosa, dois casacos cinza e luvas azul-céu.”

f)       “Ela estava com um vestido e um sapato rosa, além um gorro e um cachecol cinza-chumbo.”

Os demais variam, normalmente, pois são adjetivos biformes ou plenos.

g)      “Ela estava com uma blusa cinzenta.

h)      “Ela estava com duas blusas cinzentas.

i)        “Ela estava com um vestido cinzento.

j)        “Ela estava com casacos cinzentos.

4) "Se você o vir, por favor avise-me." - Não entendi por que a oração "Se o vir" é um adjunto adverbial. Professor, poderia me explicar melhor, por favor? E por que é “vir” e não “ver”? 

O período tem dois verbos: “ver” e “avisar”; logo duas orações. A segunda é a principal, e a do verbo “ver” é uma oração subordinada que indica uma condição. Adjuntos adverbiais podem ter três opções morfológicas. Podem ser exercidos por:

a)      Advérbios – “Nós estávamos aqui.” – “aqui” – uma palavra: adjunto adverbial de lugar;

b)      Locuções adverbiais – “Os alunos saíram às pressas.” – “às pressas” – uma locução, duas ou mais palavras: adjunto adverbial de modo;

c)      Orações subordinadas adverbiais – “Os hóspedes saíram apavorados / quando o hotel começou a se incendiar.” – “quando o hotel começou a incendiar” – uma oração, que se marca pela presença de um verbo: adjunto adverbial de tempo.

No seu exemplo, a oração “Se você o vir” funciona como um adjunto adverbial indicando uma condição. A palavra que a inicia é uma conjunção subordinativa condicional e leva o verbo a aparecer no futuro do subjuntivo, que, nesse verbo irregular, se conjuga pela “3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo”: “ontem eles viram”.

Por isso, o futuro do subjuntivo fica sendo “quando eu vir, quando tu vires, quando ele vir, quando nós virmos, quando vós virdes e quando eles virem.”

Assim, a forma que aparece na oração adverbial condicional é “Se você o vir...” – isto é, “Caso você o veja, avise-me por favor.”

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Minicurso de Revisão Textual / Aula 3 – Pontuação, coerência textual e conjugação verbal

1) “Nós sentimos falta de nossos amigos que moram no exterior.”

    Para corrigir, adicionei uma vírgula antes do “que”: “Nós sentimos falta de nossos amigos, que moram no exterior.” Pode ser?

 Esse é um dos casos mais interessantes de uso da vírgula na nossa língua. A existência dela muda totalmente a informação. Na frase inicial, nós sentimos falta de alguns amigos nossos que residem no exterior, mas temos outros amigos, que estão no mesmo país em que nós estamos. Trata-se de uma restrição.

Na que você escreveu, nós também sentimos falta de nossos amigos, mas todos moram no exterior. Agora, é uma explicação.

Veja, nos exemplos abaixo, como a diferença fica mais clara:

a)      “Minha motocicleta que é antiga está na oficina.” (tenho mais de uma moto, e a antiga está na oficina; é uma restrição)

b)      “Minha motocicleta, que é antiga, está na oficina.” (só tenho uma moto, que é antiga e está na oficina; é uma explicação)

c)      O romancista que escreveu “Quincas Borba” é o meu autor preferido.” (dentre muitos romancistas, apenas um escreveu essa obra; clara restrição)

d)      “Machado de Assis, que é um grande escritor, precisa ser mais conhecido.” (Machado de Assis é um só; assim, é uma explicação)   

 2)      “O médico perguntou se eu estava bem, tirando a espátula da minha mão, começando a remover a tinta preta que tinha ficado no meu rosto.” Professor, essa pontuação é adequada?

 Não é a melhor maneira de escrever esse período!

Veja que há dois verbos no gerúndio: “tirando” e “começando”; assim, seria mais conveniente ligá-los por um “e”. Se houvesse um terceiro verbo no gerúndio, seria normal separar os dois primeiros usando a vírgula; então deixaríamos para usar o “e” antes do último.  

Ficaria bem melhor se o período estivesse escrito da seguinte forma: “O médico perguntou se eu estava bem, tirando a espátula da minha mão e começando a remover a tinta preta que tinha ficado no meu rosto.”

 3)      Mestre, está correto o uso destas duas vírgulas? “Foram muitos relacionamentos falidos, por isso, ela esperava ter encontrado a pessoa certa.”

 Não é a melhor forma. Repare que a expressão “por isso” ficou entre vírgulas. Sempre que se usar a vírgula posterior, cuja intenção é destacar a ideia conclusiva, deve-se usar um ponto e vírgula para marcar a separação maior, que é a que ocorre entre as orações. Assim, nesses casos, o melhor é trocar a primeira vírgula por ponto e vírgula: “Foram muitos relacionamentos falidos; por isso, ela esperava ter encontrado a pessoa certa.”

a)      “A jovem teve inúmeras decepções, portanto estava com medo de se apaixonar novamente.” (forma correta: vírgula separando as orações)

b)      “A jovem teve inúmeras decepções; portanto, estava com medo de se apaixonar novamente.” (forma correta: ponto e vírgula separando as orações e vírgula destacando a conjunção)

c)      “A jovem teve inúmeras decepções; estava, portanto, com medo de se apaixonar novamente.” (forma correta: ponto e vírgula separando as orações e duas vírgulas destacando, mais ainda, a conjunção deslocada)  

4)      Durante algumas explicações, vi a oração: "Tome cuidado, para não machucar as crianças" e fiquei com dúvida sobre a vírgula antes do “para”. Poderia me explicar por que ela ocorre, por favor?

 É um caso de uso facultativo da vírgula.

Como a oração reduzida de infinitivo, iniciada pela preposição “para”, é uma adverbial que dá ideia de finalidade e está depois da oração principal, o uso da vírgula é facultativo.

Se viesse antes ou no meio, sua separação por vírgula seria obrigatória:

a)      "Para não machucar as crianças, tome cuidado. "

b)      "As pessoas mais velhas, para não machucar as crianças, devem tomar cuidado."

Vindo depois da oração principal e usando a vírgula, consegue-se, além da finalidade, passar uma noção secundária de explicação.

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Aula 2 – Ortografia, pontuação e coesão textual

1)     “O equipamento de audiovisual é todo novo.” Mestre, como a palavra “áudio” é acentuada, eu havia escrito “áudiovisual”, com acento também. Entendo que a primeira seja uma paroxítona terminada em ditongo, já, na segunda, muda a sílaba tônica; por isso perde o acento? “Áudio” é um falso prefixo? Na aula, o senhor comentou sobre “cardio”, que é um falso prefixo, pois, apesar de ser uma palavra, ninguém fala essa palavra sozinha. Mas no caso de “áudio”, trata-se de uma palavra que pode ser empregada sozinha. Não?

 A língua, na formação vocabular, tem caminhos curiosos. O radical grego “audio”, usado como elemento formador de novos vocábulos, ou seja, um pseudoprefixo no português, formou palavras como “audiovisual”, “audiofonia”, “audiometria” etc. Delas, por redução, surgiu, na nossa língua, o substantivo “áudio”, que, sendo uma palavra paroxítona terminada em ditongo ou proparoxítona (se considerarmos o encontro vocálico átono final um hiato), na sua existência autônoma, tem de ser acentuada graficamente.

Ocorre exatamente o mesmo com “cárdio”. As duas já aparecem no VOLP como palavras da nossa língua, por isso seguem a regra.

 2)      “O Fluminense treina, mais uma vez, em Águas de Lindoia.” (perdeu o acento gráfico o ditongo “oi” nas palavras paroxítonas). Na cidade onde moro há um bairro chamado “Lindoia”. Permanece sendo acentuado, por ser nome de logradouro?

Não. Deve ser porque a prefeitura não mudou a grafia das placas, o que, com certeza, será feito com o tempo.

Agora, sem a brincadeira, todos os nomes de ruas, praças, outros logradouros, países e instituições têm de se adaptar às mudanças ortográficas da língua. É por esse motivo que se precisa da aprovação no Congresso e da sanção presidencial.

a)      “A atitude da Andreia foi heroica.”

b)      “Nós moramos na Vila das Azaleias.”

c)      “O evento será na Praça Arariboia.”

d)      “A Coreia do Sul é um país muito interessante.”

e)      “A Assembleia Legislativa aprovou a mudança do programa.”

f)       “O jornaleco era conhecido como ‘O Tabloide’.”

3)      "Nós estivemos em Roma e não vimos o Papa." - Nessa oração, a vírgula antes do “e” é facultativa ou obrigatória?

Os melhores autores a consideram obrigatória, uma vez que esse “e” não é aditivo, mas, sim, adversativo, ou seja, o “e” deveria ser lido como se fosse um “mas”, estabelecendo ideias opostas ou contrárias.  

Se a vírgula fosse usada, a frase ficaria mais clara para o leitor, pois exigiria mais cuidado na leitura.

Em geral, recomenda-se o uso da vírgula antes do “e” em três casos:

a)      Com sujeitos diferentes: “Os atacantes pressionaram o meio campo, e a defesa adversária não suportou a pressão.” (“Os atacantes” x “a defesa adversária”)

b)      Com o “e” dando ideia de conclusão: “Muitas razões havia para o recurso, e os advogados apresentaram vários deles.” (“e” = “logo”)

c)      Com o “e” dando ideia de oposição: “Os estudantes estudaram bastante, e não conseguiram a aprovação.” (“e” = “mas”)
4)      Mestre Roberti, está certo o uso desse “e”? “— Chocolate! — falou entusiasmada e erguendo as mãozinhas freneticamente para o alto." Se estiver errado, como deveria ser?

Não está certo, porque ele aparece coordenando verbos de formas bem diferentes: um no pretérito perfeito do indicativo e outro no gerúndio.

Com certeza, faltou o que chamamos de paralelismo nessa coordenação.

Poderia ser assim, mantendo o “e”, numa coordenação:

a)      "— Chocolate! — falou entusiasmada e ergueu as mãozinhas freneticamente para o alto."

Ou então dessa forma, com uma vírgula no lugar do “e”, usando a subordinação:

b)      "Chocolate! — falou entusiasmada, erguendo as mãozinhas freneticamente para o alto."  

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Minicurso de Revisão textual / Aula 1 – Emprego de maiúsculas, vocabulário e ortografia

1)      Professor, o que há de errado na frase seguinte? “O executivo e o legislativo não chegam a um acordo sobre o ICMS a ser cobrado sobre os preços dos combustíveis.”

Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), nomes de instituições devem ser escritos com letras maiúsculas.

Embora o Acordo Ortográfico de 2009 dê uma certa liberdade no uso de maiúsculas, há alguns casos em que a diferença entre seu uso e o de minúsculas é importante:

a)      “A região mais atacada fica ao norte da faixa de Gaza.”

b)      “O Sul do Brasil é mais desenvolvido em termos industriais do que o Norte.”

c)      “A jovem vestibulanda queria cursar direito Direito e Comunicação Social.”

Outros casos, porém, estão se fixando como preferencialmente de maiúsculas:

d)      “O evento será na Avenida Presidente Vargas.”

e)      Toda a agitação ocorreu na Praça XV de Novembro.”

2)      Mestre, escrevi a palavra “reuso” assim, sem acento. O corretor ortográfico não apontou que havia erro, mas o meu revisor afirmou que o certo é “reúso”. Quando escrevi dessa forma, o corretor indicou que está mal escrito.

      É preciso ter muita atenção com palavras cuja grafia foi alterada devido às novas regras de grafia ligadas ao uso do hífen, como “reúso” e “multiúso”, que, antigamente, eram grafadas com hífen; por isso, não levavam acento; porém, com o fim do hífen nesses casos, precisam ter acento gráfico.

Elas se incluem numa regra especial de acentuação gráfica bem conhecida: “o ‘i’ e o ‘u’ tônico, quando forem a segunda vogal do hiato, desde que estejam sozinhos na sílaba ou com ‘s’ devem ser acentuados”.

Elas ficam meio estranhas, mas precisam mesmo do acento agudo.

3)      “As notícias da tevê nem sempre são agradáveis.” Mestre, não seria mais adequado escrever “televisão”, ao invés de “tevê”. E quanto à forma “TV”?

Tudo depende do veículo de comunicação em que você estiver escrevendo. Se for um meio de comunicação mais popular, pode-se usar “tevê” ou “TV”, em lugar de “televisão”. “Tevê” é forma dicionarizada e está no VOLP. “TV” seria uma sigla, um processo aceitável de formação de palavras.

No entanto, caso você esteja revisando um texto acadêmico ou científico, isto é, aqueles que requerem maiores cuidados formais, é melhor usar, realmente, a palavra “televisão”, um hibridismo clássico (vocábulo com uma raiz grega e outra latina) da nossa língua.

4)      Fiz, uma vez, um curso de português para concurso, onde o professor ensinou que o diminutivo de algumas palavras apresenta duplo “i”: “saiinha”, “cheiinho”... Essa regra continua válida? Como saber os demais casos em que isso é usado?

A regra não é válida para diminutivos de adjetivos e substantivos: o diminutivo de “saia” é “sainha”; de “cheio”, é “cheinho”.

Já os adjetivos, na formação do superlativo absoluto sintético, admitem sim: “cheio” => “cheiíssimo” / “sério” => “seriíssimo”, mas esse é um caso polêmico.

O Dicionário Houaiss registra, para “cheio”: “cheiíssimo” e “cheíssimo”. E, para “sério”: “seriíssimo” e “seríssimo”. O VOLP registra, para “sério”: “seriíssimo” e “seríssimo”; mas para “cheio”, nenhuma das duas.

O melhor é seguir o VOLP (site para consulta: ablbusca) e os dicionários.

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