1) Dica 1: Há uma explicação para o diminutivo padrão de juiz ser “juizezinhos”?
A regra geral da flexão de número ensina que se deve acrescentar simplesmente um “s” à palavra desejada:
- bolo – bolos; pedra – pedras;
Nesse caso, o plural dos diminutivos não tem qualquer mudança:
- bolo => bolos / bolinho => bolinhos; pedra => pedras; pedrinha => pedrinhas;
Veja que, nessa situação de diminutivo plural, não há mudança da regra; como não houve alteração, depois da consoante, acrescenta-se “-inhos/as”.
Num segundo caso, quando se acrescenta o “s”, há alterações na forma primitiva:
= animal – animais; papel – papéis; coração – corações; pão – pães; cruz – cruzes; mulher – mulheres; país – países; juiz, - juízes.
Nesse segundo caso, em que há plurais com alterações, obedece-se a uma regra específica, que diz o seguinte:
- na formação do plural dos diminutivos, usa-se a palavra original e passa-se para o plural, só depois é que se coloca a marca do diminutivo – inho/a, precedido da consoante de ligação “z”, antes do “s” final –, ou seja, entre a semivogal ou vogal final e o “s”:
- animal – animais => animaizinhos; papel – papéis => papeizinhos;
- coração – corações => coraçõezinhos; pão – pães => pãezinhos;
- cruz – cruzes => cruzezinhas; mulher – mulheres => mulherezinhas;
- país – países => paisezinhos; juiz, - juízes => juizezinhos.
2) Dica 2: “Todo o/ toda a” x “todo /toda”: não entendi direito quando usar um ou outro
Veja a diferença! “Todo o/ toda a” equivale a “inteiro/a”, enquanto “todo /toda” significa “qualquer”, ou ainda; se plural, “todos os / todas as”.
a) “Todo o país deseja o progresso.” = “O país inteiro deseja o progresso.” – Estamos falando de um país só, mas dele inteiro.
b) “Todo país deseja o progresso.” = “Qualquer país deseja o progresso.” – Estamos falando de vários países; equivale a “todos os países”.
c) “Toda a turma reclama do professor.” = “A turma inteira reclama do professor.” – Estamos falando de uma turma só, mas dela inteira.
d) “Toda turma reclama do professor.” = “Qualquer turma reclama do professor.” – Estamos falando de várias turmas, equivale a “todas as turmas”.
3) Dica 3: Professor, uma dúvida surgiu em relação ao “não” usado como prefixo. Com a reforma, perdeu-se o hífen em todas as possibilidades de uso?
Sim. Não se usa mais o hífen nesse caso.
Antigamente, havia uma diferença não explicada claramente, que ensinava existir o hífen em certas situações, diferenciando substantivos de adjetivos.
Isso acabou! Agora, é mais simples: o “não”, usado como prefixo, não admite o hífen!
Assim, escreve-se:
a) “Indígenas não aculturados precisam ser preservados.”
b) “Os não especialistas também precisam ser ouvidos.”