Professor, como sei que um “que” é uma conjunção integrante? Por que não tem função sintática?
Conjunções são termos de ligação, conectivos puros; por isso, nenhuma conjunção tem função sintática. O “que” pode ser outros tipos de conjunção, e também pode ter muitas outras classes gramaticais.
Que tal aprender conteúdos desse tipo, que nunca “entraram”, devidamente, na sua cabeça?
O “que” é uma conjunção subordinativa integrante quando inicia uma oração subordinada substantiva, ligando-a a outra oração, que é chamada de principal. Por exemplo:
a) “Nós sabemos que os tempos modernos são estranhos.”
Observe que esse “que” é somente um elemento de ligação. Veja, também, que ele não poderia ser substituído por “qual”. Seu objetivo é ligar a oração 2 (“os tempos modernos têm sido desafiadores”) à oração 1 (“Nós sabemos”), à qual falta o complemento verbal, já que “saber” precisa do seu objeto direto, isto é, tal conjunção inicia uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ligando-a à principal.
É interessante perceber que, se, na oração 1, não houvesse certeza, poderíamos mudar o “que” para “se”, a outra conjunção subordinativa integrante existente:
b) “Nós não sabemos se os tempos modernos são estranhos.”
c) “Pergunto sempre se os tempos modernos são estranhos.”
Essas – “que” e “se” – são as únicas conjunções integrantes existentes. E cuidado com um pensamento errado que se lê muito por aí: “toda oração substantiva é iniciada por conjunção integrante!”. Toda conjunção integrante inicia uma oração substantiva, mas outros conectivos também podem iniciar orações substantivas, como pronomes e advérbios.
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