Fantasmas da Análise sintática 26) Existe sujeito oculto?

Mestre, em inúmeras questões de concursos que tratam das classificações de sujeito, sempre há aquela opção sujeito oculto. É correto cobrar isso em concursos?

Você deve estar se referindo a frases como:

a)      Sabíamos toda a verdade.

b)      Irei amanhã ao seu encontro.

c)      Fala mais baixo, por favor!

Nelas, é possível reconhecer os sujeitos: “Nós”, “Eu” e “Tu”.

Como devemos classificá-los?

É correto cobrar isso em concursos ou mesmo em provas escolares?

Não é correta tal cobrança!

É pura exigência de nomenclaturas!

Na Nomenclatura Gramatical Brasileira, de 1960, já não se fala nisso, pois sujeitos com tal característica passaram a ser considerados como “sujeito simples” apenas.

Depois dessa época, muitos “professores desinformados” continuaram falando de “oculto” e outros “encantados com novidades da análise linguística” trouxeram novas nomenclaturas como “desinencial”, “elíptico”, “subentendido”, “implícito”, “omisso”...

Pode até vir a haver algum “engraçadinho” que resolva chamá-lo de “tímido”...

Isso só atrapalha os alunos e os candidatos, além de dificultar uma relação sadia dos estudantes com a língua portuguesa.