Mestre, em inúmeras questões de concursos que tratam das classificações de sujeito, sempre há aquela opção sujeito oculto. É correto cobrar isso em concursos?
Você deve estar se referindo a frases como:
a) Sabíamos toda a verdade.
b) Irei amanhã ao seu encontro.
c) Fala mais baixo, por favor!
Nelas, é possível reconhecer os sujeitos: “Nós”, “Eu” e “Tu”.
Como devemos classificá-los?
É correto cobrar isso em concursos ou mesmo em provas escolares?
Não é correta tal cobrança!
É pura exigência de nomenclaturas!
Na Nomenclatura Gramatical Brasileira, de 1960, já não se fala nisso, pois sujeitos com tal característica passaram a ser considerados como “sujeito simples” apenas.
Depois dessa época, muitos “professores desinformados” continuaram falando de “oculto” e outros “encantados com novidades da análise linguística” trouxeram novas nomenclaturas como “desinencial”, “elíptico”, “subentendido”, “implícito”, “omisso”...
Pode até vir a haver algum “engraçadinho” que resolva chamá-lo de “tímido”...
Isso só atrapalha os alunos e os candidatos, além de dificultar uma relação sadia dos estudantes com a língua portuguesa.