Fantasmas da Análise sintática 40) Aposto com preposição se confunde com adjunto adnominal?

Fantasmas da Análise sintática 40) Aposto com preposição se confunda com adjunto adnominal?

 Mestre, por que, na oração “A cidade de Petrópolis é muito charmosa”, o termo sublinhado é exemplo de aposto?  E, na oração, “O livro de matemática é muito complicado”, o termo em destaque é adjunto adnominal? Os dois termos estão caracterizando um substantivo. Qual é a diferença?

  Os dois termos se parecem, pois se compõem de “preposição + substantivo” e se referem a um outro substantivo, concreto. Só! Enquanto, o primeiro é fruto de uma repetição sintática, o segundo não é repetição, mas uma especificação.

  Observe:

 a)      “A cidade de Petrópolis é charmosa.”

– Equivaleria a “Petrópolis é charmosa.” Assim, vemos que há uma repetição, o que justifica ser considerado um aposto, diferente do explicativo, o mais comum, que vem entre vírgulas. Esse é um aposto especificativo ou apelativo, que se caracteriza por ser, normalmente, um nome próprio, isto é, o nome próprio do substantivo comum que veio antes.

    Veja outro exemplo:

b)      “A professora Margarida marcou muitas vidas.”

– Viram? Um nome próprio – “Margarida” – repete o substantivo comum anterior, “professora”. É um aposto apelativo ou especificativo.

  Não é o que ocorre no outro exemplo:

 c)      “Ela trouxe o livro de matemática.”

– Não equivaleria a “Ela trouxe a matemática.” O termo preposicionado apenas especifica o substantivo anterior, “o livro”, é a função típica do adjunto adnominal.

Veja mais um exemplo:

d)      “Amamos a professora de português.””

– Agora, o termo preposicionado especifica o substantivo anterior. É um adjunto adnominal.

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Fantasmas da Análise sintática 39) Há ou não ambiguidade?

Fantasmas da Análise sintática 39) A leitura é precisa ou há ambiguidade?

Professor, há ambiguidade na frase abaixo?

O senador está sendo ingrato, pois o DEM não apenas ajudou a elegê-lo como também a governadora do estado.

  Há sim. Existem duas leituras possíveis:

a)      primeira leitura: o DEM ajudou a eleger o senador, e a governadora do estado também ajudou a elegê-lo;

b)      segunda leitura: o DEM ajudou a eleger o senador e, também, ajudou a eleger a governadora do estado.

É um claro exemplo de texto mal redigido por desconhecimento de normas sintáticas.  

  Como o senador e a governadora foram eleitos com a ajuda do DEM, para que não houvesse ambiguidade, o certo seria escrever assim:

“O senador está sendo ingrato, pois o DEM não apenas ajudou a elegê-lo como também à governadora do estado.”

  Compreensão única possível (sujeito não pode ter preposição): Ele foi eleito pelo DEM, e a governadora do estado também.

O uso do acento grave desfaz a ambiguidade.

A norma diz que “se o primeiro núcleo de um objeto direto for um pronome pessoal, deve-se preposicionar o segundo, para que não ocorra ambiguidade”. Veja dois exemplos:

 a)      “Havia desconforto com o ministro; por isso, a oposição acusava-o e aos seus secretários de incompetência.”

b)      “Procurava-se outro parlamentar corrupto, porque tais provas indicavam-no a à sua principal assessora.”

  Com a preposição introduzindo o segundo núcleo do objeto direto – “aos” e “à” –, impede-se que tais termos sejam lidos como sujeito de um verbo subentendido.

  Se não houvesse a preposição, essa seria uma frase ambígua, ou mal construída, pois admitiria duas leituras.

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Fantasmas da Análise sintática 38) O certo é “oferecê-los” ou “oferecer-lhes”?

Fantasmas da Análise sintática 38) O certo é “oferecê-los” ou “oferecer-lhes”?

  Mestre, li, numa das redações, no site com “Redações Nota Mil”, do Enem 2020, o trecho seguinte: “...com o fito de potencializar o atendimento a esses pacientes e oferecê-los um tratamento eficaz.”

Está correto o uso do pronome oblíquo átono? 

Não! Não está correto. Isso, para mim, deveria tirar a nota mil dessa redação.

Logo, vamos aprender o uso correto dos pronomes pessoais oblíquos átonos de terceira pessoa, isto é, o emprego do “o, a ,os e as” e “lhe e lhes”.

- “o, a, os e as” – são pronomes objetivos que não têm a preposição implícita; assim, funcionam como objeto direto;

- “lhe e lhes” – são pronomes objetivos que têm a preposição implícita; portanto funcionam como objeto indireto.

Assim, torna-se fácil aprender a diferença de uso.

Quando têm a função sintática de complementos verbais, os primeiros funcionam para substituir objetos diretos, enquanto os últimos, para objetos indiretos.

Na frase da redação, tem-se o verbo transitivo direto e indireto “oferecer”, que tem os dois objetos. O objeto direto é “um tratamento eficaz”, e o indireto é o pronome oblíquo átono, que evita a repetição de “esses pacientes”.

A frase reescrita seria: “...e oferecer a esses pacientes um tratamento eficaz.”

Desse modo: o correto teria de ser: “...e oferecer-lhes um tratamento eficaz.”

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Fantasmas da Análise sintática 37) Predicativo do objeto indireto?

Fantasmas da Análise sintática 37) Predicativo do objeto indireto?

  Mestre, na frase abaixo, “Gosto de vocês animadas”, “animadas” é um predicativo? Do objeto indireto?

  É sim. Embora não haja um verbo de ligação, o adjetivo “animadas” indica uma qualidade atribuída ao objeto indireto, que é representado pelo conjunto “de vocês”, termo que completa o verbo transitivo indireto “gostar”.

É como se houvesse dois verbos, cada um com um tipo de predicado, um deles, verbal, e o outro, nominal. Com a evolução da língua, deixou-se de marcar o sujeito e omitiu-se um dos verbos, e, então, o agora único predicado deve ser classificado como verbonominal.

  É possível explicar isso com mais detalhes.

Vamos lá!

a)       “Gosto de vocês / quando vocês estão animadas.” – duas orações, cada qual com seu sujeito (“Eu” e “vocês”) e seu verbo (“gostar” e “estar”); dois predicados, o primeiro, verbal, pois não tem verbo de ligação nem predicativo (“gosto” – verbo transitivo indireto e “de vocês” – OI) ; e o segundo nominal, já que consiste em verbo de ligação (“estão”) + predicativo (“animadas”).

b)      “Gosto de vocês animadas” – foram omitidos o “quando”, por ser desnecessário, já que era a conjunção temporal que ligava as duas orações, o termo repetido como sujeito do segundo verbo, “vocês”, e o próprio verbo “estar”. Assim, temos um só predicado, classificado como verbonominal, com um predicativo que se refere ao objeto indireto “de vocês”.

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