5) Para escrever bem, é preciso evitar ambiguidades!

5) Para escrever bem, é preciso identificar possíveis ambiguidades e saber como evitá-las.

a)      Vendo papagaio que obedece ao dono.

b)      Ações promissoras nem sempre são positivas.

c)      Depois, nós podemos nos encontrar no banco.

d)      O cachorro do meu ex-marido continua me perseguindo.

e)      Consideramos a questão imprópria.

f)       A polícia atacou os traficantes da comunidade e os moradores, todos, naquela noite, tiveram de sair das ruas.

g)      O presidente, quando visitou o STF, afirmou que lhe deram muito poder.

h)      A demissão do ministro ainda causa polêmica.

i)        É hora de estudar a distância.

j)        O blogueiro fez-me agredir sua rival.

As ambiguidades seriam desfeitas com pequenas alterações:

a)      Vendo papagaio que obedece ao dono. – verbo “ver”: “Vê-se papagaio que obedece ao dono” ou verbo “vender”: “Vende-se papagaio que obedece ao dono”.

b)      Ações promissoras nem sempre são positivas. – “ação = papel de valor”: “Ações promissoras nem sempre dão lucros financeiros” ou “ação = ato de agir”: “Ações praticadas nem sempre se revelam eficientes”.

c)      Depois, nós podemos nos encontrar no banco. – “lugar de sentar”: “Depois, nós podemos nos encontrar no banco da praça” ou “instituição financeira”: “Depois, nós podemos nos encontrar no interior do banco”.

d)      O cachorro do meu ex-marido continua me perseguindo. – “marido agressivo”: “Meu ex-marido, que é um cachorro, continua me perseguindo” ou “cachorro bravo”: “O cachorro, que pertence ao meu ex-marido, continua me perseguindo.

e)      Consideramos a questão imprópria.” – “considerar = julgar”: “Consideramos que a questão era imprópria” ou “considerar válida = validar”: “Consideramos válida a questão imprópria”.

f)       A polícia atacou os traficantes da comunidade e os moradores, todos, naquela noite, tiveram de sair das ruas. – “traficantes e moradores atacados”: “A polícia atacou os traficantes da comunidade e os moradores; todos, naquela noite, tiveram de sair das ruas” ou “só os traficantes atacados”: “A polícia atacou os traficantes da comunidade, e os moradores todos, naquela noite, tiveram de sair das ruas”.

g)      O presidente, quando visitou o STF, afirmou que lhe deram muito poder. – “o STF tinha muito poder”: “O presidente, quando visitou o STF, afirmou que deram ao órgão institucional muito poder” ou “o presidente tinha muito poder”: “O presidente, quando visitou o STF, afirmou que deram a ele, chefe do Executivo, muito poder.

h)      A demissão do ministro ainda causa polêmica. – “o ministro demitiu alguém”: A demissão feita pelo ministro ainda causa polêmica” ou “o ministro foi demitido”: A demissão do próprio ministro ainda causa polêmica”.

i)        É hora de estudar a distância. – “a distância será estudada”: É hora de a distância ser estudada ou “modalidade de estudo”: É hora de estudar à distância”.

j)        O blogueiro fez-me agredir sua rival. – “eu virei agressora”: O blogueiro fez que eu agredisse sua rival. ou “sua rival me agrediu”:  O blogueiro fez que sua rival  me agredisse.

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4) Para escrever bem, é preciso usar a regência devida!

4) Para escrever bem, é preciso seguir a regência tradicional.

a)      Este blog preza pela verdade.

b)      Assista o jogo de hoje no meu canal.

c)      Esqueça de seus problemas.

d)      Aqui nós comentamos sobre todos os assuntos.

e)      A sua é uma opinião que eu gostei muito.

f)       Essa é a forma com que tal situação deve ser tratada.

g)      O acidente que passou a família foi bem grave.

h)      Na nossa terra, amigo turista, nós lhe amamos com paixão.

i)        Informo-lhe de que o prazo da promoção termina amanhã.

j)        Está na hora dos seguidores prestarem mais atenção ao que indicam os astros.

As regências, em geral, têm regras que se baseiam na tradição:

a)      Este blog preza pela verdade. – “prezar” não rege preposição; o certo é “Este blog preza a verdade.”  

b)      Assista o jogo de hoje no meu canal. – “assistir”, quando tem o sentido de “ver”, rege preposição “a”: “Assista ao jogo de hoje...”

c)      Esqueça de seus problemas. – “esquecer” não pede “de”; quem rege “de” é o verbo “esquecer-se” (com pronome); portanto: “Esqueça seus problemas” ou “Esqueça-se de seus problemas”.

d)      Aqui nós comentamos sobre todos os assuntos. – “sobre” existe com o verbo “falar”; “comentar” é verbo transitivo direto, não pede preposição alguma: “...comentamos todos os assuntos.”

e)      A sua é uma opinião que eu gostei muito. – “gostar” pede um “de”, que tem de ser colocado antes do “que”: “A sua é uma opinião de que eu gostei muito.”

f)       Essa é a forma com que tal situação deve ser tratada. – quando a ideia for de modo, é melhor utilizar o pronome relativo “como”: “Essa é a forma como tal situação deve ser tratada.”  

g)      O acidente que passou a família foi bem grave. – o verbo “passar” rege a preposição “por”; por isso, o certo é “O acidente por que passou a família foi bem grave.”

h)      Na nossa terra, amigo turista, nós lhe amamos com paixão. – o verbo “amar” não rege preposição; então, rejeita o pronome “lhe” e recomenda o uso do “o”: “Na nossa terra, amigo turista, nós o amamos com paixão.”  

i)        Informo-lhe de que o prazo da promoção termina amanhã. – com “de que”, não combina usar “lhe”, pois não pode haver dois objetos iguais. Pode ser “Informo-lhe que o prazo...” ou “Informo-o de que o prazo da promoção termina amanhã.”

j)        Está na hora do seguidor prestar mais atenção ao que indicam os astros. – apesar de alguns autores aceitarem, como “o seguidor” é o sujeito do infinitivo “prestar”, tem de ser separado da preposição; o certo é: “Está na hora de o seguidor prestar mais atenção ao que indicam os astros.”

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3) Para escrever bem, é preciso acertar as concordâncias!

3) Para escrever bem, é preciso saber como seguir as regras de concordância nominal e verbal.

a)      O meu nível de ironia depende das besteiras que sou obrigado a ler, escreveu a blogueira.

b)      Eu mesmo, uma mulher decidida, posso-lhes mostrar isso aqui no Instagram.

c)      A sociedade está meia desacostumada com o bom gosto.

d)      Fake news são apelações o mais desonestas possíveis. 

e)      Valeu aos torcedores que compareceu...

f)       Opinião todos tem

g)      Aqui está os ingredientes

h)      Haviam movimentações estranhas nesse apoio cego ao poder.

i)        Fazem três meses que...

j)        Aluga-se barcos

 As concordâncias, segundo as regras, ficam assim:

 a)      O meu nível de ironia depende das besteiras que sou obrigada a ler, escreveu a blogueira. – se é a blogueira que escreve, deve usar o feminino: “obrigada”.

b)      Eu mesmo, uma mulher decidida, posso-lhes mostrar isso aqui no Instagram. – se é uma “mulher”, decidida ou não, tem de escrever “eu mesma”.

c)      A sociedade está meia desacostumada com o bom gosto. – esse “meio” é um advérbio; portanto, invariável. Se fosse “muito”, outro advérbio, não iria variar: “Ela está muito desacostumada”.

d)      Fake news são apelações o mais desonestas possíveis. – a palavra “possível” tem sempre de acompanhar o artigo; assim, pode ser “o mais desonestas possível” ou “as mais desonestas possíveis”.

e)      Valeu aos torcedores que compareceu... – o verbo “comparecer” concorda com o “que”, que retoma o antecedente no plural, “os torcedores”; então, deveria ser “compareceram”.

f)       Opinião, todos tem. – o sujeito do verbo “ter” é “todos” (plural); portanto, o certo é “têm” (plural) e não “tem”, que é singular.

g)      Aqui está os ingredientes. – o sujeito está depois do verbo, mas tem de ser feita a concordância “Aqui estão os ingredientes”.

h)      Haviam movimentações estranhas nesse apoio cego ao poder. – o verbo “haver”, quando tem o sentido de “existir”, sempre fica no singular: “havia”, “houve”, “haverá”...

i)        Fazem três meses que... – “fazer”, com o sentido de tempo decorrido, tem de ser singular, assim como “haver”; ninguém diria “Hão três meses que...”

j)        Aluga-se barcos. – o “se”, empregado junto a verbos que pedem objeto direto, transforma esse termo em sujeito; assim, tem que ser feita a concordância do verbo com esse sujeito posposto, “Alugam-se barcos”.

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2) Para escrever bem, é preciso saber pontuar!

2) Para escrever bem, é preciso saber como pontuar corretamente, isto é, como fazer que a pontuação leve as frases a terem o sentido certo.

a)      Aguenta blogueiro que vamos seguir!

b)      Galera que emocionante olha essa foto.

c)      Prazer eu sou a cesta de lixo

d)      Viva o Brasil

e)      Opinião todos têm.

f)       Muitas novidades podem ver vocês aqui

g)      Quem pode ler isto

h)      Quero saber quem já deu um like?

i)        O presidente, naquela ocasião nem esteve no STF.

j)        Quem lê mal, desaprende.

As frases, escritas devidamente, ficam assim:

a)      Aguenta, blogueiro, que vamos seguir! – nunca deixe de separar, com vírgulas, o vocativo, ou seja, o termo a quem você se dirige.

b)      Galera! Que emocionante! Olha essa foto! – agora, o vocativo está no início e vem sozinho; o segundo trecho revela emoção, assim como o último, que também indica ordem ou conselho; então, todos devem ser seguidos de pontos de exclamação.

c)      Prazer! Eu sou a cesta de lixo. – a palavra inicial é uma redução de “Tenho prazer em conhecê-lo” e indica emoção, daí o ponto de exclamação; no final, basta um simples ponto final.

d)      Viva o Brasil! – clara e devida emoção; caso de uso obrigatório do ponto de exclamação.

e)      Opinião, todos têm. – o complemento do verbo “ter” foi antecipado, portanto pede uma vírgula depois, tornando a compreensão mais fácil; no final da oração, o ponto final.

f)       Muitas novidades, podem ver vocês aqui. – repete-se o caso anterior: o complemento do verbo “ver” antecipado com vírgula depois, evitando uma leitura indevida; no final da oração, o ponto final.

g)      Quem pode ler isto? – frase interrogativa direta pede ponto de interrogação.

h)      Quero saber quem já deu um like. – frase interrogativa indireta não tem ponto de interrogação.

i)        O presidente, naquela ocasião, nem esteve no STF. – a circunstância de tempo interposta tem de estar entre vírgulas, ou seja, uma antes e outra depois. Tudo que interrompe vem entre vírgulas!

j)        Quem lê mal desaprende.Não se usa vírgula entre o sujeito e o verbo! Se a frase perder clareza, mude a ordem: “Desaprende quem lê mal.” Ou reconstrua a frase: “Desaprende aquele que lê mal.”

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1) Para escrever bem, é preciso saber ortografia!

1) Para escrever bem, é preciso saber ortografia!

Para escrever bem, é preciso saber ortografia, isto é, como se escreve cada palavra.

a)      Aqui no meu blog, eu não tenho esses previlégios.

b)      Infelismente não conhece muito de TV.

c)      O cara bate no meu carro, manda um beijo sinico e vai embora!

d)      Amigos, acordei serelépe, hoje.

e)      Se nós quizermos, podemos chegar ao topo.

f)       Minha empresária diz que eu me esponho muito.

g)      Obrigado, senhor! Tu sempre houves as minhas preces.

h)      Sua auto-estima anda muita baixa.

i)        Esse ator é um cara-de-pau!

j)        Esse apresentador mau respeita os convidados.

As palavras, escritas corretamente, ficam assim:

a)      Aqui no meu blog, eu não tenho esses privilégios. – é uma palavra perigosa, pois se confunde muito na fala o “e” átono com “i”. Essa é com “i” mesmo.

b)      Infelizmente, ela não conhece muito de TV. – vem de “infeliz”, que, por sua vez, vem de “feliz” e, em geral, as derivadas conservam a grafia das primitivas: todas, portanto, com “z”.

c)      O cara bate no meu carro, manda um beijo cínico e vai embora! – palavras proparoxítonas (antepenúltima sílaba tônica ou forte) sempre são acentuadas graficamente.

d)      Amigos, acordei serelepe, hoje. – não se acentuam as paroxítonas (penúltima sílaba tônica) terminadas em “e” ou “a” ou “o”.

e)      Se nós quisermos, podemos chagar ao topo. – só têm o “z” aqueles verbos que, no infinitivo, já o apresentam: “fazer”“fizermos”.

f)       Minha empresária diz que eu me exponho muito. – é derivado de “pôr”, precedido do prefixo “ex”, com “x”, que significa para fora (= “extrair”); só o primitivo tem acento gráfico: “expor”, “repor”, “depor”.

g)      Obrigado, senhor! Tu sempre ouves as minhas preces. – é uma forma do verbo “ouvir” e não do verbo “haver”; esse seria “houve”, mas, geralmente, vem na terceira pessoa.

h)      Sua autoestima anda muita baixa. – com o novo Acordo, o prefixo “auto” o tem hífen antes de “h” e “o” (última letra do prefixo); se não for assim, escreve-se junto.

i)        Esse ator é um cara de pau! – com o novo Acordo, palavras compostas com elemento de ligação já não têm os hifens, a não ser nomes de animais e vegetais.

j)        Esse apresentador mal respeita os convidados. – esse “mal” não é o contrário de “bom”; assim, deve ser escrito com “l”. Trata-se de um advérbio.

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