Dica 2. É imprescindível que você estabeleça qual é realmente o seu tema; partindo do que foi pedido pela banca, delimite o real objetivo do texto a ser construído.
Para isso, ligue o tema exigido à ideia básica que irá desenvolver em relação a ele.
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Dica 2. É imprescindível que você estabeleça qual é realmente o seu tema; partindo do que foi pedido pela banca, delimite o real objetivo do texto a ser construído.
Para isso, ligue o tema exigido à ideia básica que irá desenvolver em relação a ele.
Dica 1. Nunca comece a escrever sem entender o que se pede como gênero, tipo ou modalidade de texto.
Escrever um e-mail não é como escrever uma redação de concurso. Tenha consciência do que se pede que você escreva.
Mestre, no período “Emprestou-se o relógio ao João”, o verbo passa a ser intransitivo?
Não. Ele continua sendo “transitivo direto e indireto”. Sem o “se”, teríamos um “objeto direto” (“o relógio”) e um “objeto indireto” (“ao João”).
No entanto, existe o “se”, que transforma o OD em “sujeito”. É o “se” apassivador, que forma a voz passiva pronominal ou sintética.
Equivaleria à voz passiva verbal ou analítica “O relógio foi emprestado ao João.”
É bom lembrar que esse tipo de construção só ocorre com verbos que pedem “objeto direto”: “transitivos diretos” e “transitivos diretos e indiretos”.
O termo “ao João”, nos dois exemplos, não muda: é o “objeto indireto”.
Assim, também, o verbo, continua sendo “transitivo direto e indireto”, apenas o seu OD não aparece, pois, com a voz passiva. se transformou em “sujeito”.
“A investigação do delegado traz novo colorido à nomeação.” Professor, essa frase é ambígua mesmo, como reclama um leitor?
É ambígua sem dúvida. Chamamos a isso ambiguidade sintática, pois, na relação entre o termo preposicionado “do delegado” e o substantivo abstrato a que se refere,
quando se lê, não é possível ter certeza se o delegado é “o investigador” ou “o investigado”.
Em análise sintática, é uma dúvida entre adjunto adnominal – “o delegado é quem investiga” – e o complemento nominal – “agora, o delegado é investigado”.
Para as duas hipóteses, haveria maneiras diferentes de construir a frase.
No primeiro caso, o do adjunto adnominal, escreveríamos: “A investigação feita pelo delegado traz novo colorido à nomeação.”
No outro caso, o do complemento nominal, escreveríamos: “A investigação sofrida pelo delegado traz novo colorido à nomeação.”
Como a situação contextual em que aparece a matéria jornalística, é essa, veja outras formas de construir a frase:
“A investigação sobre o delegado traz novo colorido à nomeação.”
Ou, ainda, “A investigação ao delegado traz novo colorido à nomeação.”
“Que essa quarentena passe rápido ou rápida?” – Mestre, qual das duas formas devo escrever?
Sem dúvida, numa análise primária, usaríamos “rápido”, ou seja, um advérbio, que, ao acompanhar um verbo intransitivo, revela um predicado verbal.
“Rápido”, na verdade, é uma forma de reduzir o advérbio “rapidamente”. Veja que a palavra permanece invariável, como é normal para os advérbios.
Há, no entanto, alguns professores que defendem a possibilidade de se considerar a palavra como adjetivo. Nesse caso, seria “rápida”, no feminino, para concordar com o núcleo do sujeito, “quarentena”, já que se trata de um predicativo. Teríamos, então, um predicado verbo-nominal.
A segunda, porém, não é a melhor construção.
Fico com a primeira: “Que essa quarentena passe rápido!”