Fantasmas da Análise sintática 33) Adjunto adnominal do objeto direto? O que é isso?

Mestre, então os adjuntos adnominais só podem ter núcleos que sejam nomes, como o do objeto direto? É isso?

É verdade. Vê-se isso pelo próprio nome: adjunto adnominal, o que vem junto do nome. Nem sempre estão juntos, mas se referem a nomes substantivos ou de valor substantivo. O adjunto adnominal é uma função secundária, que modifica um termo com função substantiva. Daí, haver o adjunto adnominal do objeto direto.

- Li dois bons livros clássicos. “dois”, “bons” e “clássicos” são adjuntos adnominais do núcleo do objeto direto, o substantivo “livro”, um nome.

Siga os exemplos:

a)    “O livro de Alencar impressionou o leitor.” – os termos sublinhados são adjuntos adnominais dos núcleos do sujeito “livro” (os dois primeiros) e do objeto direto “leitor” (o último).

b)    “Nós não entendemos a atitude revoltada da jovem.” – os três termos sublinhados são adjuntos adnominais do objeto direto, cujo núcleo é “atitude”

c)    “O ser humano precisa de duas qualidades importantes: alguma coragem e muita vontade.” – todos os termos sublinhados são adjuntos adnominais: os dois primeiros, do sujeito, cujo núcleo é o substantivo “ser”; os seguintes, do objeto indireto, cujo núcleo é “qualidade”; e os dois últimos, dos dois núcleos do aposto enumerativo, “coragem” e “vontade”.

d)    “Muitos de nós aceitam as três: razão, emoção e loucuras.” – finalmente, veja que os adjuntos adnominais, agora, se referem a palavras que têm valor de substantivo: “de nós”, ao pronome substantivo indefinido “Muitos”, e “as”, ao numeral de valor substantivo “três”.

e) “Algum desses cinco ativistas já foi condecorado?” – finalmente, observe algo bem interessante! O termo preposicionado é adjunto adnominal por se referir ao pronome substantivo indefinido “algum”, núcleo do sujeito. A preposição “de” é um termo de ligação. Por sua vez, o pronome adjetivo demonstrativo “esses” e o numeral de valor adjetivo “cinco” são, também, adjuntos adnominais, uma vez que se referem ao núcleo do adjunto adnominal “ativistas”. Isto é, são adjuntos adnominais do adjunto adnominal!

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Fantasmas da Análise sintática 32) Por que conjunção integrante não tem função sintática?

Professor, como sei que um “que” é uma conjunção integrante? Por que não tem função sintática?

Conjunções são termos de ligação, conectivos puros; por isso, nenhuma conjunção tem função sintática. O “que” pode ser outros tipos de conjunção, e também pode ter muitas outras classes gramaticais.

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O “que” é uma conjunção subordinativa integrante quando inicia uma oração subordinada substantiva, ligando-a a outra oração, que é chamada de principal. Por exemplo:

a)    “Nós sabemos que os tempos modernos são estranhos.”

Observe que esse “que” é somente um elemento de ligação. Veja, também, que ele não poderia ser substituído por “qual”. Seu objetivo é ligar a oração 2 (“os tempos modernos têm sido desafiadores”) à oração 1 (“Nós sabemos”), à qual falta o complemento verbal, já que “saber” precisa do seu objeto direto, isto é, tal conjunção inicia uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ligando-a à principal.

É interessante perceber que, se, na oração 1, não houvesse certeza, poderíamos mudar o “que” para “se”, a outra conjunção subordinativa integrante existente:

b)    “Nós não sabemos se os tempos modernos são estranhos.”

c)    “Pergunto sempre se os tempos modernos são estranhos.”

Essas – “que” e “se” são as únicas conjunções integrantes existentes. E cuidado com um pensamento errado que se lê muito por aí: “toda oração substantiva é iniciada por conjunção integrante!”. Toda conjunção integrante inicia uma oração substantiva, mas outros conectivos também podem iniciar orações substantivas, como pronomes e advérbios.

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Fantasmas da Análise sintática 31) Diferença de função dos termos “de Petrópolis”

Mestre, por que “de Petrópolis”, na oração “A cidade de Petrópolis é muito charmosa”, é aposto e, em “O cidadão de Petrópolis é muito orgulhoso”, é adjunto adnominal?

Esses são ótimos exemplos para começar a entender análise sintática. Na verdade, procura-se entender as relações entre as palavras. Veja que, no primeiro exemplo, o termo “de Petrópolis” revela o nome próprio do substantivo comum anterior: “cidade – Petrópolis”; por isso é um tipo de aposto, o que dá o nome. Chama-se apelativo ou especificativo.

No segundo, o termo “de Petrópolis” especifica o substantivo anterior, “cidadão”. É uma relação diferente da anterior, pois identifica a origem do “cidadão”. Não é uma questão de nomear e sim de identificar como uma espécie. É adjunto adnominal.  

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Fantasmas da Análise sintática 30) Predicado e predicativo: diferenças

Professor, eu me confundo na análise do predicado e do predicativo, sei o que cada um é separadamente, mas, na hora de analisar, fico confusa.

O predicativo é uma parte do predicado, uma vez que o último inclui o verbo seus complementos e adjuntos, enquanto o primeiro é apenas o adjetivo, ou palavra ou expressão que tem valor de adjetivo. Veja os exemplos:

a)    “Ela é linda!” – Predicado – “é linda” / predicativo do sujeito – “linda”;

b)    “Eu não sou de reclamar.” – Predicado – “não sou de reclamar” / predicativo do sujeito – “de reclamar”; equivale a “reclamão”, “chato”…

c)    “O amor torna as pessoas compreensivas” – Predicado – “torna as pessoas compreensivas” / predicativo do objeto – “compreensivas”; qualidade atribuída

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Fantasmas da Análise sintática 29) Termos essenciais, integrantes e acessórios

Mestre, sempre ouvi professores falando nessas definições de termos essenciais, integrantes. É somente nomenclatura? Ou tem importância?

Há termos ditos essenciais que não aparecem. Não há diferença entre integrantes e essenciais, uma vez que esses nem sempre existem. Acessórios, às vezes, fazem muita falta. Veja os exemplos:

a)    “Neva muito no Canadá.” – oração sem sujeito, que seria essencial; o predicado tem o verbo “nevar” e dois adjuntos adverbiais, de intensidade e de lugar.  

b)    “As águas de março começaram a cair.” – oração sem predicativo, que é considerado essencial; só tem um sujeito, “As águas de março”, e o predicado, a locução verbal “começaram a cair”.

c)    “Nós estávamos ansiosos.” – oração com o sujeito “Nós” seguido do verbo “estar” e de um predicativo; nesse caso, esse é essencial.

d)    “Nós estávamos no Rio de Janeiro.” – oração com o sujeito “Nós” seguido do verbo “estar” e de um adjunto adverbial de lugar; nesse caso, esse seria acessório.

Não há diferença. Os dois são igualmente necessários às orações de que fazem parte.

O melhor é ignorar isso. Não funciona de modo algum. Só atrapalha...

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